quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Chapada Diamantina - 9 dias - Parte 5

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VALE DO CAPÃO


Nossa terceira base na viagem à Diamantina foi essa exótica vilazinha hippie. Saímos de Mucugê sentido Ibicoara, e entramos na estrada de terra sentido Guiné. A estrada até essa cidade é boa, larga, sem muitos buracos. De lá, é possível fazer a trilha para o Mirante do Pati, de onde se tem uma visão legal do vale. Seguindo na mesma estrada, você chega a Palmeiras, que é uma cidade maior e mais bonitinha, e de lá segue as placas até o Vale do Capão.
Antes de chegar à vila você vai passar pela entrada da Cachoeira do Riachinho, por várias pousadas e pela entrada da trilha da Cachoeira da Fumaça, onde tem uma placa grandona da Associação dos Guias Turísticos.
A vila é um lugar muito interessante, parece que você entrou na Delorean e caiu direto nos anos 60! Tudo lá é bem riponga, desde as pessoas pedindo carona o tempo todo, passando pelos restaurantes, pelas lojinhas que vendem roupas indianas e pelo aroma da erva que se sente por toda a parte!
Cuidado com a alimentação por lá, tem alguns lugares em que a higiene é muito menosprezada, depois de um jantar acabamos premiados com um bom e velho piriri! eca!!
Andando pela rua principal, você vai ver vários restaurantezinhos. Tem uma tal de uma pizza lá que dizem que é divina, mas não conseguimos descobrir onde é! (lamentável, em uma vila tão pequena! Se você descobrir por favor coloque aqui nos comentários). Uma ótima pedida é o restaurante Arômata D'Lagoa, que fica na estrada, quase chegando no Riachinho. A comida é simplesmente fantástica! O meu salmão com crosta de tapioca foi sem dúvida a comida mais gostosa da viagem toda!
Vale do Capão - Chapada Diamantina

Vale do Capão - Chapada Diamantina


CACHOEIRA DA FUMAÇA

Essa é a trilha mais popular da Chapada Diamantina, cerca de 15.000 turistas passam por lá anualmente. Por isso, decidimos começar a caminhada bem cedo para poder apreciar a paisagem e tirar nossas fotos antes da multidão chegar.
Saímos da pousada às 7:30, antes do café da manhã. Estacionamos o carro perto da entrada da trilha, tomamos um lanchinho delícia em uma simpática lanchonete que havia por lá e iniciamos mais uma aventura.
Lanchonetezinha Vale do Capão - Chapada Diamantina

Placa que marca o início da Trilha da Cachoeira da Fumaça - Vale do Capão - Chapada Diamantina

A alguns metros da placa que sinaliza o caminho para a trilha, há uma casinha da Associação dos Guias onde você anota seu nome e o horário de entrada (para que eles possam controlar se alguém não voltar por algum motivo) e paga uma contribuição de qualquer valor. Lá provavelmente algum guia vai passar um tempinho tentando te convencer a contratá-lo, mas o guia não é obrigatório e se você tiver um senso mínimo de orientação e de experiência em trilhas, você não vai sentir falta.
A trilha é bem marcada. Logo após a subidona, chegando ao platô de pedra, ela se bifurca. Vá pela trilha da direita, se você moscar e perceber que está chegando próximo a um paredão, volte porque pegou a trilha errada. Este é o único momento em que você pode se confundir. O restante da trilha é bem tranquilo de seguir.
Trilha para Cachoeira da Fumaça - Chapada Diamantina

Trilha para Cachoeira da Fumaça - Chapada Diamantina

Caminhando cerca de mais 1 hora você chega a um riachinho que deve ser atravessado (na época de chuvas é bom se apoiar na corda de segurança, por via das dúvidas). Fiquei embasbacada ao descobrir que esse já é praticamente o início da queda! Poucos metros depois dele você chega ao mirante da Fumaça.... que emoção!
A vista do vale e da cachoeira são incríveis, há uma pedra bem pronunciada sobre o desfiladeiro em que você deita para ver a Fumaça todinha....
Cachoeira da Fumaça - Chapada Diamantina

Cachoeira da Fumaça - Chapada Diamantina

Na volta, uma boa pedida é passar um tempinho relaxando no riacho antes de começar a descer. Começamos a caminhada de volta por volta das 11:30 com um sol de rachar e a quantidade de pessoas que encontramos indo para a Fumaça naquele horário era de impressionar. Sem brincadeira, tinha com certeza mais de 100 pessoas!
Mais uma vez: Recomendo ir cedo, não só para poder tirar as fotos no topo com um pouco mais de tranquilidade, mas também para não ter que subir com aquele sol tão forte.... E vá com a botinha de trekking, de preferência à prova d'água! A trilha estava bem alagada em alguns trechos, e vi várias pessoas andando descalças, com o mizuno pendurado nos ombros, o que não é nem um pouco recomendável.

CACHOEIRA DO RIACHINHO

A entrada dessa cachoeira fica a cerca de 7km da vila, sentido Palmeiras. Quando passar uma pontezinha, estacione ao lado e desça pela trilha. É fácil de achar, porque sempre tem algum carro estacionado por lá.
A trilhazinha é bem curtinha e toda "urbanizada". A cachoeira é bem tranquila e deliciosa para tomar um banho! Recomendo até levar um cooler com alguma cervejinha e outras bebidas se você quiser passar algumas horas relaxando.
A vista de lá também encanta e esse é um lugar muito procurado para assistir ao pôr do sol.
Cachoeira do Riachinho - Vale do Capão - Chapada Diamantina

Cachoeira do Riachinho - Vale do Capão - Chapada Diamantina

Cachoeira do Riachinho - Vale do Capão - Chapada Diamantina


CONCEIÇÃO DOS GATOS

Esse é um lugar que ainda não foi descoberto pelos turistas, é um point quase exclusivo dos locais, Saindo do Vale do Capão em direção a Palmeiras, após cerca de 20km você verá as placas à direita para o povoado de Conceição dos Gatos. Seguindo as placas para o Mirante da Cachoeira, você logo chega a um simpático restaurantezinho, onde paga R$2,50 por pessoa e recebe as instruções para chegar à cachoeira.
É uma graça! Tem um poço delicioso para banho (esculpido com uma ajudinha do dono da propriedade, na verdade) que parece mais uma piscina, ótimo para relaxar e recarregar as energias!
Cachoeira em Conceição dos Gatos - Chapada Diamantina

Cachoeira em Conceição dos Gatos - Chapada Diamantina

Cachoeira em Conceição dos Gatos - Chapada Diamantina
Continua...

Parte 1 - Ibicoara e Cachoeira do Buracão - Chapada Diamantina

Parte 2 - Poço Azul e Poço Encantado - Chapada Diamantina

Parte 3 - Museu do Garimpo e Igatu - Chapada Diamantina

Parte 4 - Cachoeira Encantada - Chapada Diamantina

Parte 6 - Lençóis - Pratinha - Morro do Pai Inácio - Ribeirão do Meio - Cachoeira do Pai Inácio




segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Chapada Diamantina - 9 dias - Parte 4

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CACHOEIRA ENCANTADA - CHAPADA DIAMANTINA


Nosso interesse por essa cachoeira foi despertado na visita ao Poço Encantado. Conversando com o dono do restaurante de lá ficamos sabendo que essa belezinha é uma das mais altas da Chapada, com cerca de 240m de altura, dentro de um cânion que alcança 400m em alguns pontos, uau!!! Ainda com aquela pontinha de tristeza por não termos conseguido fazer a Fumacinha, decidimos que a Encantada faria definitivamente parte da nossa viagem!
Só que não seria nada fácil... as informações sobre ela eram muito desencontradas. Conversando com o dono do restaurante e os funcionários das pousadas, recebemos 3 informações conflitantes: o primeiro nos informou que teríamos que pegar um guia no assentamento Roseli, o segundo no disse que teríamos que ir ao povoado do Rumo e um terceiro nos orientou a ir ao assentamento do Baixão (!?!?!) E agora??? Sem conseguir nenhuma outra informação na internet, seguimos a indicação do hotel em Mucugê e seguimos ao povoado do Rumo, passando antes em Itaetê para pedir informação. Só que fizemos a aposta errada. Chegando em itaetê, descobrimos que para chegar ao Rumo teríamos que voltar cerca de 10km pela mesma estrada que viemos. Chegando ao Rumo, descobrimos que não poderíamos fazer a trilha por lá porque havia um riozinho que estava muito alto por causa das chuvas, impossível de atravessar de carro, e por isso a única alternativa seria andar mais 11km pela estrada para chegar ao cânion... não teríamos tempo de fazer em um dia. Seguimos então para o Baixão, pois a trilha por lá era mais curta e não precisaríamos passar por esse tal riozinho. Infelizmente a confusão nos custou quase 3h perdidas, estávamos agora correndo contra o relógio, pois a trilha seria longa e demorada...

ASSENTAMENTO DO BAIXÃO - PONTO DE PARTIDA PARA A CACHOEIRA ENCANTADA

Para chegar até o Baixão, pegamos a mesma estrada que vai ao Poço Encantado. Seguindo pela estrada pavimentada de Mucugê sentido Salvador, entre na rua de terra quando avistar as placas para o Poço Encantado. Esta estrada, se seguida até o final, vai chegar em Itaetê, mas você vai entrar bem antes. Fique atento, pois a sinalização por lá é muito deficiente.
Passando alguns quilometros da entrada do Poço Encantado, você verá à sua direita uma casa de fazenda muito bonita, diferente de todas as outras. Bem em frente a esta casa há algumas placas, uma delas indicando a entrada para o assentamento do Baixão. Siga pela estradinha cerca de 10km e você chega lá.
Quando chegar à cidade, pergunte pelo guia para a cachoeira e os próprios moradores vão te indicar a casa (no nosso caso encontramos o guia Orlando, mas há outros por lá). Depois de um certo processo de convencimento, pois já eram 11:00h da manhã, tarde para começar a trilha, pagamos os R$150,00 do guia e seguimos para a nossa aventura!!!!
Assentamento do Baixão - Chapada Diamantina



TRILHA PARA A CACHOEIRA ENCANTADA

A trilha é de uma dificuldade bem alta. Mesmo para quem já está acostumado a fazer trekking, não é brincadeira... Começa com uma pequena caminhada até o cânion (cerca de 4km), cuja única dificuldade é um riozinho que você atravessa com água pela cintura, mas quando você chega ao tal do cânion, a coisa muda de figura. São 6km de perrengue puro, atravessando o rio por pedras escorregadias, pulando de uma pedra para outra, se esgueirando em rochas.... Esteja preparado!
Depois de uma longa e cansativa jornada, eis que ela surge majestosa!!! A Cachoeira Encantada é simplesmente divina!! Vale todas as quedas e sofrimentos da trilha..... Não arrisquei nadar no poço porque a água estava meio nervosa (estação chuvosa tem dessas coisas), mas fiquei uns bons 15 minutos deitada em uma piscininha, apreciando a vista da cachoeira de baixo pra cima.... Um dos momentos mais inesquecíveis de toda a viagem!
Trilha para a Cachoeira Encantada-Chapada Diamantina
Trilha para a Cachoeira Encantada-Chapada Diamantina - Cânion

Trilha para a Cachoeira Encantada-Chapada Diamantina - Muito perrengue na trilha!!!


Cachoeira Encantada-Chapada Diamantina


A Maravilhosa Cachoeira Encantada - Chapada Diamantina

Dicas para seguir essa trilha:

1- Vá com um calçado apropriado: Nem pense em ir de Mizuno, compre uma bota de trekking de boa qualidade. Acredite: eu sou um pouco pão dura, mas esse investimento vale a pena. Você pode ter essa e muitas outras viagens arruinadas simplesmente porque seu calçado escorrega, ou machuca o pé... Para essa e as outras trilhas da Chapada, usei uma botinha da North Face que comprei para fazer o Torres del Paine no Chile. Confortável, altura média para evitar torções de tornozelo e com solado muito bom. Recomendo.
2 - Não vá de shorts! Você vai sentar nas pedras para descer em alguns pontos, agachar, passar em trechos de trilha estreita... a chance de se arranhar pelo caminho é grande. Uma calça comprida de ginástica serve bem para essa trilha. Para os homens, recomendo calça de tecido leve que seque rápido.
3- Leve muitos lanchinhos e água: Levamos 1,5L de água cada, várias barrinhas de cereal e de proteína.
4- Leve roupa de banho e deixe uma muda de roupa limpa no carro: Quando voltar ao carro, você vai estar todo molhado e cansado, vai dar Aleluia se tiver uma muda de roupa para trocar!
5- Tenha em mente que sua mochila vai ficar parcialmente submersa em alguns pontos da trilha, então preste atenção no que você vai carregar dentro dela. Caso tenha alguma coisa que não possa molhar, coloque em uma bolsa estanque. Bolsa estanque
6- De novo: Leve uma bolsa à prova d'água para sua câmera! Depois de andar tato você vai querer tirar umas fotinhas, e a névoa da cachoeira é realmente muito forte, não dá para usar câmera sem proteção.Bolsa à prova d'água

Continua...

Parte 1 - Ibicoara e Cachoeira do Buracão - Chapada Diamantina

Parte 2 - Poço Azul e Poço Encantado - Chapada Diamantina

Parte 3 - Museu do Garimpo e Igatu - Chapada Diamantina

Parte 5 - Vale do Capão - Cachoeira da Fumaça - Cachoeira do Riachinho - Conceição dos Gatos - Chapada Diamantina

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Chapada Diamantina - 9 dias - Parte 3

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Bom, era dia de Natal e íamos nos "mudar" para nossa segunda base: Mucugê!
Já havíamos feito reservas no Alpina Hotel Mucugê, o preço era bom e o hotel parecia ter uma estrutura legal. Arrumamos nossa mala e logo depois do café pegamos a estrada. A programação para o dia era light: Museu Vivo do Garimpo e Igatu.

MUSEU VIVO DO GARIMPO
Pegamos novamente a ótima estrada que vai de Ibicoara até Mucugê. Passando a cidade, em poucos minutos você verá a placa para o Museu Vivo do Garimpo à sua direita. Você estaciona ali mesmo e pega uma pequena trilhazinha até a entrada.
O Museu Vivo do Garimpo é uma antiga casa de garimpeiro na qual estão expostas algumas máquinas, utensílios, roupas utilizadas nas antigas minas, alguns diamantes verdadeiros (bem pequenininhos!) e um simpático guia te conta as histórias da exploração de diamantes na região. É um passeio rápido e bem instrutivo. A entrada também é baratinha, R$5,00.
Museu Vivo do Garimpo - Chapada Diamantina
Museu Vivo do Garimpo - Chapada Diamantina

IGATU
Depois de lá seguimos direto para Igatu. Basta continuar pela mesma estrada, e em alguns quilometros você verá uma placa indicando a entrada à esquerda. A estradinha é bem ruim, não sei se arriscaria andar por ali em um dia chuvoso. Ela é toda de pedras e em alguns trechos é muito íngreme e estreita, mas de novo: Vale muito a pena!!
Estrada para Igatu - Chapada Diamantina

Igatu é um vilarejo lindo, muito pitoresco e interessante, diferente de tudo o que vimos na Chapada. As casinhas são bem coloridas, algumas de pedra, ruas de pedra estreitinhas, tudo muito bem cuidado, um charme! Lá há várias pousadinhas e restaurantes, acho que compensa passar uma noite por lá e conhecer melhor esse cantinho tão lindo, principalmente se você for fazer a trilha para a Rampa do Caim (infelizmente não tivemos tempo para fazer essa!).
Paramos o carro próximo à rua principal e seguimos a ruazinha à direita para o Projeto Brejo-Verruga (basta perguntar a algum morador, é bem fácil de achar).

PROJETO BREJO-VERRUGA
Esse lugar simplesmente me encantou! Trata-se de uma antiga mina de diamantes, onde trabalharam 3 gerações de escravos. Segundo nosso guia, que era neto de um dos escravos da terceira geração, lá trabalharam homens vindo de todos os cantos do mundo, Todos eles apareciam por lá trazidos pelos senhores de escravos, alguns ainda pré-adolescentes, portando documentos brasileiros com nomes como "João Gringo". Trabalhavam duro a vida toda, e recebiam apenas casa e comida em troca. Em Igatu, graças a esta mina, chegaram a viver cerca de 30.000 pessoas, mas uma seca  que durou 10 anos tornou impossível a continuidade do garimpo e levou a uma escassez de comida que fez quase todos os habitantes abandonarem a cidade, restando pouco mais de 40.
Nosso guia nos contou que quando ele era criança ouvia diariamente os estrondos dos telhados das casas abandonadas desabando....
Entrando pela mina você vai ouvindo as histórias e se encantando com a riqueza do passado desse lugar. Há 2 salões repletos de esculturas feitas por um artista local retratando os escravos da terceira geração. No segundo salão, o guia pede que você apague a lanterna para experimentar a escuridão e o silêncio absoluto do interior da mina, e logo começa a acender as velas que cercam as várias esculturas. É uma visão linda! para coroar, a todo momento você ouve o clap clap dos morcegos voando para outro salão incomodados com a luz e a fumaça das velas.
Eles ainda estão trabalhando na recuperação de outros salões abertos pelos escravos, e quando tudo estiver pronto (em 1 ou 2 anos, segundo o guia), o visitante vai sair bem no meio de 2 cachoeiras no final do passeio!!! Já vou agendar aqui minha viagem de volta à Chapada!!!!
Projeto Brejo Verruga - Igatu - Chapada Diamantina

Projeto Brejo Verruga - Igatu - Chapada Diamantina

Projeto Brejo Verruga - Igatu - Chapada Diamantina
Projeto Brejo Verruga - Igatu - Chapada Diamantina
Projeto Brejo Verruga - Igatu - Chapada Diamantina

Continuamos o nosso passeio a pé pelo vilarejo, paramos para almoçar em no Art Hotel Cristal, bem em frente à praça. O lugar é bem bonitinho, tem Heineken gelada e comida gostosa. Dei uma bisbilhotada na parte das acomodações e achei tudo lindo e caprichado. Ah, e aceita cartão!
Art Hotel Cristal - Igatu - Chapada Diamantina

Art Hotel Cristal - Igatu - Chapada Diamantina

De lá, descemos a primeira rua à esquerda para visitar as Ruinas de Igatu. Caminhando por ali dá para ter uma idéia do tamanho dessa cidade na época da mineração, são muitas e muitas casas abandonadas. Também tem uma igreja enorme com eucaliptos plantados em volta, bem no estilo europeu. Se você tiver sorte, ainda dá para ir beliscando as pitangas que crescem aos montes pelo caminho.
Igatu é surpreendente, não deixe de visitar!!
Ruinas de Igatu - Chapada Diamantina
Igreja em Igatu - Chapada Diamantina

Igreja em Igatu - Chapada Diamantina

Alpina Hotel Mucugê
De Igatu fomos direto para o hotel, que fica na estrada a cerca de 10km de Mucugê. O hotel é enorme e tem uma vista linda, mas está bem caidinho, parecendo um lugar abandonado. A área comum é ok e os funcionários são simpáticos e prestativos, mas o quarto deixa muito a desejar. Tudo é muito velho e carece de manutenção. A forração do teto é deficiente e deixa entrar um monte de insetos, e a água do chuveiro e da pia tem um cheiro bem forte de ferrugem. Você sai do banho cheirando a ferrugem e não dá para escovar os dentes com a água. Se o preço estiver ótimo, dá pra ficar, mas acho que da próxima vez vou preferir alguma pousadinha na cidade mesmo.

Mucugê
Fomos jantar no restaurante Point da Chapada, que fica bem atrás da praça de eventos, próximo ao palco. O restaurante é lindo, com uma decoração muito bem feita e um ambiente super gostoso. Eles servem uma pizza simplesmente divina! As caipirinhas também são uma delícia.
Depois disso, fomos dar uma voltinha pela cidade e encontramos o simpático café Piriquita. Uma ótima opção para um cafezinho com bolo ou uma cervejinha. O lugar é divertido, tendo como tema.... a piriquita! Calcinhas por toda parte, retratos e esculturazinhas dedicadas a ela pelas prateleiras, uma graça! Fica na Rua Joao Paraguassu, que é paralela à principal, atrás da Pousada Mucugê. Quando chegar à praça do Coreto, é só entrar na ruazinha de trás da principal que você encontra o café.

Depois disso voltamos ao hotel, pois a trilha do próximo dia seria puxada: Cachoeira Encantada!!!

Continua.....

Parte 1 - Ibicoara e Cachoeira do Buracão - Chapada Diamantina

Parte 2 - Poço Azul e Poço Encantado - Chapada Diamantina

Parte 4 - Cachoeira Encantada - Chapada Diamantina

Parte 5 - Vale do Capão - Cachoeira da Fumaça - Cachoeira do Riachinho - Conceição dos Gatos - Chapada Diamantina

Parte 6 - Lençóis - Pratinha - Morro do Pai Inácio - Ribeirão do Meio - Cachoeira do Pai Inácio



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Chapada Diamantina - 9 dias - Parte 2

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O nosso segundo dia na Chapada Diamantina começou cedo, 5h da manhã já estávamos de pé! Tomamos nosso banho, tomamos café (que a supersimpática dona Graça da pousada Kabana de Pedra deixou em cima da mesa para nós, já que iríamos sair tão cedo), arrumamos as mochilas, nos paramentamos para um dia todo de caminhada, tudo pronto  para encararmos a famosa Cachoeira da Fumacinha.... Só que....
Não seria dessa vez. Nosso guia chegou às 6h da manhã, como combinado, mas disse que havia chovido na noite anterior, que a água do rio estava muito alta, e que como a caminhada é toda pelo leito do rio, não seria possível fazer a Fumacinha nesse dia....
Primeira observação importante sobre a Chapada: Muito do turismo por lá ainda carece de profissionalismo. Você dificilmente vai saber se o seu guia está falando a verdade ou não. Mais tarde, conversando com um funcionário da pousada, ficamos sabendo que é comum os guias não quererem levar os turistas para as trilhas mais longas, pois podem levar um grupo maior para uma trilha fácil, ganhando mais com isso. Especialmente na alta temporada, você poderá estar sujeito a um contratempo desses. Acho que a melhor alternativa, no caso da Fumacinha, seja se juntar a um grupo já formado. A probabilidade de cancelar certamente será menor.
Enfim, já que não tinha jeito, decidimos repensar os planos e aproveitar nosso dia de outro jeito, A nosso favor estava o tempo, já que era tão cedo e poderíamos visitar algum lugar mais concorrido antes das multidões chegarem. Pesquisando em nossos mapas e guia, logo chegamos a um veredicto: Aquele seria o dia de ver o Poço Azul e o Encantado!! Eba!!!

POÇO ENCANTADO
O lindo Poço Encantado é uma gruta que tem em seu interior um lago de uma coloração Azul inacreditável. Para chegar lá, pegamos a estrada de Ibicoara passando por Mucugê. Após uns 10 minutos pela estrada você vê as placas para o Poço à sua direita. É uma estrada de terra que quando fomos (Dez/2014) estava em boas condições, mas tinha algumas partes esburacadas, portanto tome cuidado! Você não vai querer um pneu furado ou um carro quebrado no meio do seu passeio!
Estrada para o Poço Encantado - Chapada Diamantina

Andando alguns quilometros por esta estrada, você verá as placas para o Poço Encantado à direita. Entre por esta estradinha, que é mais estreita e pior que a outra, e logo você chega lá.
O lugar conta com uma boa estrutura, há sanitários e restaurantes na entrada. Cada visitante para R$20,00 para entrar, o que dá direito a um capacete e lanterna de cabeça. Após receber as instruções iniciais e colocar o capacete, você desce uma longa escadaria até a entrada da gruta, onde um guia te aguarda para a visita.
Escada para o Poço Encantado - Chapada Diamantina

E a visão lá dentro é de emocionar!! É até difícil de acreditar que aquilo possa ser natural, de tão lindo... Segundo o guia, o poço foi encontrado por um explorador de nome Gustavo, que andava por lá e de repente se viu diante daquela coisa linda. Algumas pessoas tem mesmo muita sorte na vida!!
Ah, não é permitido entrar na água neste lago, pois a velocidade de renovação da água é muito lenta.


POÇO AZUL
Para chegar à nossa segunda parada do dia, voltamos pela estrada de terra sentido Mucugê novamente e entramos à direita em um grande portal de madeira. Segundo informações que pegamos no Encantado, esse seria o caminho mais rápido até o Azul.
Seguimos direto por esta estrada, passando por dois "mata-burros" (são umas pontezinhas de madeira) e chegamos até um rio, onde um rapaz em um barquinho cobrava R$7,00 para atravessar por pessoa, ida e volta. Após pagar mais uma taxinha de entrada, colocamos as roupas de banho, tomamos uma ducha e colocamos os coletes salva-vidas antes de descer as escadas (também há uma estrutura boa lá, sanitários, chuveiros e restaurantes).
Travessia do riozinho - Poço Azul - Chapada Diamantina
Entrada do Poço Azul - Chapada Diamantina

O Poço Azul é famoso por suas águas cristalinas, onde é permitido ao visitante fazer flutuação, usando srnorkels e máscaras para ver os peixinhos. Infelizmente, por causa das chuvas, quando fomos ela estava misturada com as águas do rio, então ficou meio esverdeada e turva. Tentei usar o srnorkel, mas não dava para ver nada na água.
Ainda assim, vale muito a pena a visita, é uma delícia nadar naquela água geladinha, e dá até um medinho quando você vai pelas áreas escuras da gruta!!
Flutuação no Poço Azul - Chapada Diamantina
Como era véspera de Natal, decidimos encerrar nossos trabalhos por ali e voltamos a Ibicoara. Após o segundo "mata-burros", é só pegar a estrada à direita que rapidamente você chega à estrada pavimentada.
Antes de chegar à pousada, uma paradinha para fotos daquela vista tão linda da Chapada....
Vista da estrada próximo à pousada - Ibicoara - Chapada Diamantina

Continua...

Parte 1 - Ibicoara e Cachoeira do Buracão - Chapada Diamantina

Parte 3 - Museu do Garimpo e Igatu - Chapada Diamantina

Parte 4 - Cachoeira Encantada - Chapada Diamantina

Parte 5 - Vale do Capão - Cachoeira da Fumaça - Cachoeira do Riachinho - Conceição dos Gatos - Chapada Diamantina

Parte 6 - Lençóis - Pratinha - Morro do Pai Inácio - Ribeirão do Meio - Cachoeira do Pai Inácio

Chapada Diamantina - 9 dias - Parte 1

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Chapada Diamantina - 9 Dias - Parte 1


Olá pessoal :) Chegamos ontem da Chapada Diamantina, passamos lá o Natal e o Ano Novo, e foi incrível!!
Sempre tenho um pouco de resistência para passar as festas de final de ano longe da família, dá aquele peso na consciência, sabe? Mas tive uns dias de folga e achei uma ótima oportunidade de fazer uma viagem mais longa e legal. 
Começamos nosso planejamento bem tarde, cerca de 3 semanas antes da viagem não tínhamos a menor idéia de onde iríamos! Após muita pesquisa, e depois de descartar outros destinos que queríamos muito: Ubatuba, Ilhabela, Ilha Grande, Pantanal, Chapada dos Veadeiros e Jalapão, finalmente decidimos: Nosso destino seria a Chapada!! Uhu!!
Consegui comprar os vôos de Guarulhos para Salvador com mulhas pela TAM (apenas 16.000 ida e volta por passageiro, uma pechincha considerando a época do ano). Os horários não eram os melhores do mundo, nosso vôo de volta saiu de Salvador às 02:45, muito cedo para valer a pena dormir em Salvador e muito curto para dormir um soninho bom no vôo (apenas 2h e meia), mas valeu pela economia.
Viajar para a Chapada não é das coisas mais fáceis, as informações que você encontra na internet são poucas, confusas e em sua maioria imprecisas, nã dá para ir seguro do que vai encontrar. A primeira dúvida:

ALUGAR OU NÃO UM CARRO?
Sem dúvida! Queríamos conhecer os pontos mais legais da Chapada, e tínhamos pouco tempo, apenas 09 dias (já tirando o dia de chegada e saída), para conseguir isso. A Chapada é enorme, de um ponto a outro você pode levar incríveis 3 a 4 horas para chegar. Imagine ter que levar esse tanto para chegar a uma atração todos os dias, quanto tempo perdido! Além disso, não há serviço de ônibus para as atrações. Você fica dependente de tours operados por agências, que são caros e detonam com a sua liberdade.
Antes de decidir pelo aluguel, fizemos uma pesquisa entre as agências para poder comparar os preços. O melhor preço para um roteiro legal que consegui encontrar foi R$1500,00 por pessoa, para 7 dias, saindo de Lençóis (seriam R$3.000,00 para nós dois). O aluguel do carro básico 1.0 com ar, quilometragem livre e com seguro total (aquele que você não paga franquia em caso de avarias) ficou R$1800,00 pela Unidas de Salvador, para 11 dias. O seguro quase dobrou o preço do carro, mas queríamos evitar dor de cabeça na volta.

ONDE FICAR
Como o parque é muito grande e as atrações são espalhadas, decidimos ter várias bases na nossa viagem. Assim, aproveitaríamos as atrações mais próximas de cada base e evitaríamos longas jornadas desnecessárias. 
Começamos nosso roteiro pelo Sul da Chapada, em Ibicoara. Essa cidadezinha é muito voltada para a agricultura, há extensas plantações circulares irrigadas por toda a parte, mas não tem muita estrutura turística. Os melhores lugares para comer são sem dúvida as pousadas. Há apenas 2 restaurantes na cidade, que são um pequeno quilo, com comida gostosinha e preço bom, mas muito, muito simples, e um maiorzinho na praça que serve porções e pizzas, também simples.
Saímos de Salvador por volta das 13h. Seguindo as informações que encontramos em outros blogs, fizemos a rota pela Estrada do Feijões, passando por Ipirá. A estrada por ali está em boas condições e você evita o pesado tráfego de caminnhões da BR. Cuidado nunca é demais, e essa BR é bem perigosa. Se você procurar no Goggle Maps, ele vai te mandar por uma outro caminho que talvez seja mais rápido, passando pela BA242 e um município chamado Marcionílio Souza, mas como não tínhamos a menor idéia das condições dessas estradas decidimos ir por Ipirá mesmo. Acertamos o GPS para Mucugê (queríamos parar lá para comer), tendo Ipirá como ponto de passagem.
Chegamos a Mucugê por volta das 20h (Cuidado com a estrada próximo a Mucugê, ela fica sinuosa e esburacada) e paramos no simpático Cafe.com para jantar. O lugar é bem bonitinho, com paredes de pedra e decoração charmosinha. Comi um crepe de espinafre com ricota que me deixou com um sorriso de orelha a orelha, como é bom uma comidinha gostosa depois de uma longa viagem!!!
De barriguinha cheia, seguimos viagem para Ibicoara. Há um posto de gasolina na saída de Mucugê, quase em frente ao famoso cemitério Vitoriano. O próximo posto fica a 40km, então se certifique de que não é melhor abastecer antes de seguir viagem.
A estrada de Mucugê para Ibicoara é um sonho, plana, quase sem nenhuma curva e em ótimas condições. Chegamos a Ibicoara em menos de 1h.

PRIMEIRA PARADA: IBICOARA 
Ficamos na pousada Kabana de Pedra. Chegando a Ibicoara, você logo vai ver uma placa para as pousadas. Subindo esta rua, siga pela ruazinha de terra e logo você vai achar novas placas para as pousadas da cidade. Esta é a estradinha que dá acesso à trilha para a Cachoeira do Buracão e Cachoeira da Fumacinha, que são os principais atrativos da cidade.

A pousada é muito gostosinha, os quartos são espaçosos, funcionais, confortáveis e limpos, com ar condicionado. Dormimos o sono dos justos e acordamos cedo para tomar café e nos prepararmos para nossa primeira aventura na Chapada.
Havíamos pedido para a dona da pousada (a simpaticíssima Dona Graça) para que solicitasse um guia para nós, pois queríamos fazer o Buracão logo no dia seguinte. Não gostamos muito de fazer trilha com guias, mas para o Buracão e a Fumacinha o guia é obrigatório. Quando você chega na entrada do parque tem uma guarita e uma porteira, se você não tiver guia eles não deixam você ir (você pode contratar um por ali mesmo se quiser). 
E às 9h da manhã lá estava ele. Acertamos o preço (R$75,00 o casal) e seguimos então pela estradinha de terra. Algum tempo após a guarita, onde pagamos R$6,00 cada pela entrada, chegamos a um riozinho que tem que ser atravessado com o carro. Fiquei com um medaço de quebrar o carro logo no início da viagem, mas conseguimos atravessar na boa!! Se você não se sentir seguro, dá pra parar o carro ali mesmo e ir andando, nesse caso você caminha cerca de 2km a mais (não é tão ruim, a estradinha é plana e imagino que seja boa de andar).
Riozinho a ser atravessado de carro - Cachoeirado Buracão - Chapada Diamantina

A CACHOEIRA DO BURACÃO
A trilha é muito sossegada, a maior parte é plana, você passa pela Cachoeira do Buracãozinho e Cachoeira das Orquídeas no caminho. Paramos no alto da Cachoeira do Buracão para tirar algumas fotos, ela é sim tudo aquilo que você lê por aí!!! É linda demais!!! Você deita na ponta do despenhadeiro e vê aquela cachoeira linda despencando no meio daquele cânion, cheio de passarinhos e borboletas voando, sensacional!!
Cachoeira do Buracãozinho - Chapada Diamantina


Cachoeira do Buracão - Chapada Diamantina - Fantástica!!!

Depois dessa parada, hora de descer e ver a cachoeira por baixo. Ao final da descida, uma arara cheia de coletes salva-vidas para que os visitantes possam nadar no poço (ele é bem fundo, tem gente que faz até salto ornamental por lá!!Red Bull - Chapada Diamantina
Em Dezembro, por causa das chuvas, a cachoeira fica bem cheia, e a água do poço estava nervosa, não tem como ir sem colete de jeito nenhum. A ponte que leva os visitantes ao lado do cânion em que se anda para chegar à cachoeira tinha sido arrastada pela chuva há alguns dias (ela fica dentro de um cânion quase fechado, tem que andar pelas pedras para avistar o poço e a queda), então tivemos que saltar na água para poder chegar ao outro lado, o que foi meio chato, pois não pudemos levar nossas câmeras.
Mas mesmo assim valeu muito a pena!! A cachoeira é uma delícia, um cenário maravilhoso, sem dúvida uma das mais bonitas da Chapada!
Canion da Cachoeira do Buracão - Chapada Diamantina - A Cachoeira fica lá dentro!!

CONSELHO IMPORTANTE: Leve uma bolsa a prova d'água para sua câmera, você vai precisar dela na Chapada. Muitas das cachoeiras fazem uma névoa densa, que não permite que você use sua câmera perto delas!
Depois do mergulho, lanchinho e caminhada de volta para o carro. Ainda paramos em um morro com uma vista bem legal para tirar essas fotos lindas. O guia perguntou se gostaríamos de ir até a cachoeira do Licuri na parte da tarde, mas como queríamos fazer a trilha da Cachoeira da Fumacinha no dia seguinte, preferimos descansar nossas perninhas.
Combinamos com o guia a saída para a Fumacinha no dia seguinte, às 6:00 da manhã.
Na volta, passamos ainda na pousada Portal dos Avataras para conhecer. A pousada tem toda uma filosofia zen, é um lugar lindo, natural e bem cuidado. Conversamos com a dona da pousada, dona Maha (não tenho certeza da grafia correta) para podermos jantar por lá. Os donos são vegetarianos e lá serve-se uma comida de comer de joelhos, de tão deliciosa!! Encomende com antecedência, ligue algumas horinhas antes de ir, vale a pena! Para quem não come carne, como eu, pode ser um suplício se alimentar em cidades pequenas, então encontrar um lugar como esse é como achar água no deserto!
Depois de uma noite deliciosa na Portal dos Avataras, com muita conversa e ótima comida, voltamos para descansar e estar preparados para o dia seguinte. FUMACINHA, AÍ VAMOS NÓS!!!!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Boas Vindas :)

Bom, há muito tempo penso em começar um blog, para dividir as coisas legais que vejo e vivo por aí. 
Sou paulista, funcionária pública, e há alguns anos tive tempo, disposição e companhia (valeu maridão!) para ir em busca de uma grande paixão: viajar! Desde então meus horizontes se ampliaram muito, aprendi muitas coisas novas, me libertei de antigas amarras e ganhei muito mais coragem em quase tudo. Conheci novas pessoas, novas culturas, ampliei e mudei meus pontos de vista (um milhão de vezes!) e aprendi a ter a cada dia mais fé no ser humano.
Aprendi que o mundo é um lugar incrível, mas que precisamos fazer a nossa parte para colher coisas boas. Quase nada vem sem sacrifício, e quase todo sacrifício é recompensado na medida do suor e lágrimas derramados.
Se estamos aqui somente de passagem, que ela seja cheia de pessoas e momentos incríveis!!